Sou aluna do programa de pós-graduação em Letras Estrangeiras e Tradução (LETRA) da USP. Esse é meu último semestre como aluna do mestrado e, por isso, decidi cursar a disciplina de Metodologia de Pesquisa em Didática e Ensino-Aprendizagem de Línguas Estrangeiras das profs Eliane Gouvêa Lousada e Heloísa Brito de Albuquerque Costa. Além de ser minha professora na pós, a Eliane é também minha supervisora de estágio PAE (em breve, farei uma postagem sobre isso!). Essa disciplina tem sido muito importante para mim, para pensar nas possibilidades de pesquisa que pretendo realizar no doutorado e na reflexão da minha prática docente. Foi graças a última aula que tivemos (sim, estamos tendo aulas on-line durante esse período de confinamento) que me deu uma vontade danada de voltar a escrever no blog. Começamos a estudar o diário de pesquisa e a importância que ele tem para o desenvolvimento e acompanhamento das pesquisas pelos próprios pesquisadores. Mas o que vem a ser um diário de pesquisa e por que proponho aplicá-lo também à minha prática docente?
Apesar de ter começado bem cedo a trabalhar como pesquisadora, lá nos primórdios de 2009 e aos 20 aninhos, eu só fui conhecer o diário de pesquisa duas semanas atrás. Nem sabia que era possível, nem que existia. O diário de pesquisa é um gênero textual, como um diário mesmo, só que profissional. Ele é uma ferramenta para o pesquisador se expressar, para discutir de modo mais descontraído e pessoal o andamento da própria pesquisa, seus sentimentos e suas conquistas. O livro Planejar gêneros acadêmicos, da minha prof e supervisora Eliane Lousada em parceria com as pesquisadoras Ana Rachel Machado (na coordenação) e Lília Abreu-Tardelli, apresenta a escrita científica, o texto acadêmico, a metodologia e o diário de pesquisa. Ele faz parte da coleção Leitura e produção de textos técnicos e acadêmicos, da Parábola Editorial. O interessante dessa coleção é que ela é uma oficina de escrita acadêmica e foi organizada para ensinar a fazer algo e não apenas para transmitir informações a respeito desse algo, conforme explica Egon de Oliveira Rangel da PUCSP na apresentação do livro. "E a melhor forma de ensinar/aprender uma prática é... praticar", complementa.
Como forma de praticar esse tipo de diário profissional, me desafiei a refletir sobre as minhas pesquisas (a futura e a presente) e a minha atividade docente tendo esse livro como base. O diário de pesquisa, ou o journal de recherche em francês, é um instrumento para o próprio autor, podendo ser também "um instrumento de discussão com outras pessoas" (MACHADO; LOUSADA; ABREU-TARDELLI, 2018, p. 23), por isso a ideia de voltar a escrever no meu blog. Não necessariamente espero que todo mundo me responda sobre tudo que eu postar, mas eu gosto de escrever em blog e me sinto à vontade em tornar público o que pode ser útil a outras pessoas. Então, lá vou eu:
Diário de pesquisa:
Fiquei alguns minutos testando qual a melhor forma de enumerar o diário de pesquisa. Dia 1, Dia 01, n. 1... Optei pela última, mas ainda não estou satisfeita. Isso porque, por mais que tenha a intenção de escrever com frequência, acho difícil ser diariamente. Não consigo fazer a mesma coisa todos os dias. Não que eu não queira, mas a minha organização de trabalho durante o confinamento mudou muito o meu ritmo de pesquisa. Menos mal que já estou escrevendo o terceiro capítulo. Amanhã preciso mexer no meu artigo que irá sair no e-book de representações do feminino na literatura, do evento do ano passado da Unesp de Assis, e isso já vai dar uma boa adiantada nesse capítulo final. Faltam ainda algumas leituras para encerrar a minha dissertação, mas verei melhor como fazê-las em maio. Com os três capítulos prontos ainda este mês, me sinto mais aliviada. Não vejo a hora de entregar a dissertação e de finalizar essa etapa. [Voltei no título e tirei a numeração; já tem data no post, não precisa de mais nada, né?]
Diário de prática docente:
Daqui a pouco preciso entrar no Zoom para dar aula. Ainda sinto uma certa ansiedade antes de a aula começar, mas ela vem diminuindo conforme o tempo passa. Não sou uma pessoa noturna e dar aulas à noite, no último horário da noite, tem alterado muito meu ritmo de vida: comecei a acordar mais tarde, sinto muito sono depois do almoço e, depois da aula, fico superagitada, nem parece que sou uma pessoa diurna. Arrumo uma conversaiada, uma falação... Ser professora me estimula muito! Eu sempre fico surpresa de como gosto da prática docente, ainda mais por ter uma turma como essa minha de segunda e quarta, das 20h40 às 22h10. Antes de vir aqui escrever, estava mandando e-mail para uma das minhas alunas. Fiquei de ajudá-la com um plano de estudos para um estágio que ela quer fazer na França. Adoro ajudar meus alunos! Sempre ofereço ajuda para coisas que eles queiram fora da sala de aula. Para os alunos do estágio também. Mas falo mais sobre todos eles depois. Vou escutar umas músicas aqui e me desligar um pouco antes de me ligar no 220 de novo.
Apesar de ter começado bem cedo a trabalhar como pesquisadora, lá nos primórdios de 2009 e aos 20 aninhos, eu só fui conhecer o diário de pesquisa duas semanas atrás. Nem sabia que era possível, nem que existia. O diário de pesquisa é um gênero textual, como um diário mesmo, só que profissional. Ele é uma ferramenta para o pesquisador se expressar, para discutir de modo mais descontraído e pessoal o andamento da própria pesquisa, seus sentimentos e suas conquistas. O livro Planejar gêneros acadêmicos, da minha prof e supervisora Eliane Lousada em parceria com as pesquisadoras Ana Rachel Machado (na coordenação) e Lília Abreu-Tardelli, apresenta a escrita científica, o texto acadêmico, a metodologia e o diário de pesquisa. Ele faz parte da coleção Leitura e produção de textos técnicos e acadêmicos, da Parábola Editorial. O interessante dessa coleção é que ela é uma oficina de escrita acadêmica e foi organizada para ensinar a fazer algo e não apenas para transmitir informações a respeito desse algo, conforme explica Egon de Oliveira Rangel da PUCSP na apresentação do livro. "E a melhor forma de ensinar/aprender uma prática é... praticar", complementa.
Como forma de praticar esse tipo de diário profissional, me desafiei a refletir sobre as minhas pesquisas (a futura e a presente) e a minha atividade docente tendo esse livro como base. O diário de pesquisa, ou o journal de recherche em francês, é um instrumento para o próprio autor, podendo ser também "um instrumento de discussão com outras pessoas" (MACHADO; LOUSADA; ABREU-TARDELLI, 2018, p. 23), por isso a ideia de voltar a escrever no meu blog. Não necessariamente espero que todo mundo me responda sobre tudo que eu postar, mas eu gosto de escrever em blog e me sinto à vontade em tornar público o que pode ser útil a outras pessoas. Então, lá vou eu:
Diário de pesquisa:
Fiquei alguns minutos testando qual a melhor forma de enumerar o diário de pesquisa. Dia 1, Dia 01, n. 1... Optei pela última, mas ainda não estou satisfeita. Isso porque, por mais que tenha a intenção de escrever com frequência, acho difícil ser diariamente. Não consigo fazer a mesma coisa todos os dias. Não que eu não queira, mas a minha organização de trabalho durante o confinamento mudou muito o meu ritmo de pesquisa. Menos mal que já estou escrevendo o terceiro capítulo. Amanhã preciso mexer no meu artigo que irá sair no e-book de representações do feminino na literatura, do evento do ano passado da Unesp de Assis, e isso já vai dar uma boa adiantada nesse capítulo final. Faltam ainda algumas leituras para encerrar a minha dissertação, mas verei melhor como fazê-las em maio. Com os três capítulos prontos ainda este mês, me sinto mais aliviada. Não vejo a hora de entregar a dissertação e de finalizar essa etapa. [Voltei no título e tirei a numeração; já tem data no post, não precisa de mais nada, né?]
Diário de prática docente:
Daqui a pouco preciso entrar no Zoom para dar aula. Ainda sinto uma certa ansiedade antes de a aula começar, mas ela vem diminuindo conforme o tempo passa. Não sou uma pessoa noturna e dar aulas à noite, no último horário da noite, tem alterado muito meu ritmo de vida: comecei a acordar mais tarde, sinto muito sono depois do almoço e, depois da aula, fico superagitada, nem parece que sou uma pessoa diurna. Arrumo uma conversaiada, uma falação... Ser professora me estimula muito! Eu sempre fico surpresa de como gosto da prática docente, ainda mais por ter uma turma como essa minha de segunda e quarta, das 20h40 às 22h10. Antes de vir aqui escrever, estava mandando e-mail para uma das minhas alunas. Fiquei de ajudá-la com um plano de estudos para um estágio que ela quer fazer na França. Adoro ajudar meus alunos! Sempre ofereço ajuda para coisas que eles queiram fora da sala de aula. Para os alunos do estágio também. Mas falo mais sobre todos eles depois. Vou escutar umas músicas aqui e me desligar um pouco antes de me ligar no 220 de novo.