Muito se fala sobre o que é ou não literatura. Quando entrei na minha graduação, no início de 2008, o assunto já causava alvoroço no curso de letras e, provavelmente, teve início bem antes de eu iniciar meus estudos superiores. De lá para cá, nada mudou, pelo visto. O grande ponto de conflito do que vem a ser literatura está no fato de autores e professores universitários entenderem como literatura unicamente o canônico, a literatura dita clássica, como Hugo, Balzac, Voltaire, Machado de Assis, Guimarães Rosa, etc., incluindo (talvez?) os ganhadores de prêmios como o Jabuti. Fato é que a literatura clássica exclui grande parte das produções literárias que existem, inclusive a literatura infantil como um todo. Raros autores entram na lista dos cânones e, provavelmente, são incluídos por terem conseguido agradar aos professores universitários e aos poucos autores dessa excludente seleção. Peter Hunt, em Crítica, teoria e literatura infantil (2010), evidencia e discute acerca de