Fora toda a dificuldade e angústia que todos nós sentimos ao longo da pandemia e as perdas de entes e amigos queridos, cada um teve também perdas materiais e experienciais. A maior dessas últimas, para mim, foi ter realizado a defesa da minha dissertação on-line. Sempre imaginei como seria a defesa da minha dissertação: cercada das pessoas que gosto, vestida com uma roupa bem bonita e escolhida com muito cuidado para a ocasião. No intervalo, beberia um café e uma água com gás e aproveitaria para tentar relaxar jogando conversa fora, na porta do prédio administrativo da FFLCH. Quem sabe não teria alguém tocando aquele piano maravilhoso do saguão? Poderia estar sol ou chuva, mas nada disso iria importar, porque, ao final, todos iríamos nos reunir em um lugar bem bacana para celebrar a minha conquista. Seria um momento realmente memorável. Provavelmente, eu iria esquecer de tirar fotos, porque nunca lembro mesmo, mas talvez tivesse alguma para guardar de recordação. Em todo caso, ficari
A experiência do mestrado foi, sem dúvida, uma das mais intensas da minha vida até o momento. Envolvi-me não somente com a pesquisa, como é exigido para a pós-graduação, mas também com o ensino na graduação e com a extensão universitária. Tudo isso sem deixar de participar dos grupos de pesquisa da USP, dos trabalhos de preparação e revisão de livros e do ensino do francês na Aliança Francesa. O que considero de fundamental importância no meu percurso acadêmico, sobretudo na USP, foram as pessoas que eu conheci: - as que convivi mais intimamente e que se tornaram grandes amigos; - as que me procuraram nos intervalos dos congressos para trocar uma ideia sobre nossos temas de pesquisa; - as que passaram os intervalos comigo no café da Tia Bia; - as que trabalharam comigo, dentro e fora da USP; - as que me acolheram em São Paulo. Elas eram colegas de curso, professores e alunos de graduação. Eram as pessoas que marcavam comigo viagens para congressos, saídas, reuniões. Todas e cada uma